postado em 07/12/2009 08:12
Dentro da Câmara Legislativa está uma peça-chave na teia de interesses financeiros que une empresas prestadoras de serviço, deputados distritais e o Governo do Distrito Federal. A Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2010 aponta o caminho e o volume de repasses públicos previstos às empresas citadas de participação no esquema de pagamento de propina. Não será necessário lupa para enxergar na papelada o benefício a setores que estão no epicentro das denúncias da Operação Caixa de Pandora - em que o governador José Roberto Arruda (DEM) é investigado por receber dinheiro ilegalmente e repassar parte a sua base de apoio no Legislativo.
Em conversa com um representante de empresa prestadora de serviço ao GDF, Durval Barbosa diz que já havia R$ 8 milhões assegurados neste ano e outros R$ 10 milhões garantidos no orçamento para 2010. Os vídeos que fazem parte do material de provas no inquérito revelam que empresas de informática, por exemplo, recebiam recursos do GDF e tinham de retornar parte a integrantes do governo local como propina.

