Cerca de 300 policiais, entre policiais militares e soldados do Batalhão de Operações Especiais (Bope), chegaram à Câmara Legislativa no início da tarde desta terça-feira (8/12) para fazer a reintegração de posse do prédio. Eles negociam com os ocupantes desde 12h30.
A juíza Júnia de Souza Antunes, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), ajuizou um prazo para que todos os manifestantes saiam da Câmara. O tempo limite termina nesta tarde. Soldados do Bope, com escudos e armas em punho, estão em frente à galeria da Câmara.
Servidores pró-Arruda ocupam a galeria desde o início da manhã. Para evitar a entrada no local, eles se postaram em frente a eles, bloqueando a passagem de braços dados, e começaram a rezar.
Os manifestantes do movimento ;Fora Arruda e toda a máfia;, que ocupam as dependências da Casa desde a última quarta-feira, (2/12) em protesto pela saída do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, e do vice, Paulo Octávio, deixaram o plenário esta madrugada, por volta das 3h. Eles estão no auditório da Casa. Grupos de policias negociam a saída de ambas as frentes da Câmara, mas ainda não houve consenso.
Os estudantes pretendem fazer um ato pacífico de resistência. Segundo membros dos manifestantes, a intenção é ficar sentado enquanto a polícia os carrega. No entanto, o porta-voz da polícia, coronel Alberto Pinto, afirmou que os policiais não carregarão ninguém no colo.
"A primeira fase é fazer o isolamento para que novas pessoas não entrem no prédio. Depois, vamos negociar", explicou o tenente coronel Alberto Pinto, do Comando-geral da PM. Caso os manifestantes, após a negociação, resistam à desocupação da Câmara Legislativa, serão usadas armas não letais como balas de borracha e gás lacrimogêneo.
Para a saída dos manifestantes, a polícia preparou uma operação especial. Os servidores pró-Arruda devem sair pela frente e os estudantes, pela porta dos fundos. Será formado um corredor para proteção dos ocupantes durante a retirada.
Após desocupar o prédio a polícia fará uma varredura no local em busca de objetos que possam ter sido deixados pelos manifestantes e possam colocar em rico a segurança.
Com informações de Luisa Medeiros e Helena Mader