As visitas nas quatro unidades do complexo penitenciário da Papuda, que habitualmente ocorrem às quartas e quintas-feiras, estão prejudicadas por causa da greve dos técnicos penitenciários do Distrito Federal, que já dura oito dias. Apenas 30% do efetivo estão em atividade, o que torna o recebimento de visitantes precário.
Cerca de 50 policiais militares reforçam o atendimento, mas a categoria paralisada não considera o suficiente para atender e revistar as visitas com segurança. Em dias normais, 150 técnicos penitenciários trabalham no recebimento de visitantes, com reforço dos plantonistas.
De acordo com o secretário-geral do Sindicato dos Técnicos Penitenciários do DF, André Almeida, os quatro complexos do DF recebem, juntos, cerca de 600 pessoas por dia de visita. ;A visita acontece, mas está prejudicada. Estamos preocupados com a falta de segurança que isso pode causar;, diz. ;Há insistência em dizer que os serviços estão funcionando normalmente, mas é só passar por lá para perceber que não é verdade;.
Ainda segundo Almeida, o Governo do Distrito Federal apresentou somente uma proposta de reajuste, de 31% divididos em três anos. Os técnicos pedem aumento de 250% na gratificação de atividade penitenciária (GAP). O salário, que hoje é de R$ 1,6 mil, chegaria a cerca de R$ 4 mil. ;Nós temos a renda mais baixa da categoria no país e mantemos o melhor sistema penitenciário, que é modelo;, diz Almeida.
[SAIBAMAIS]Outra reivindicação é a convocação dos 600 aprovados no último concurso. A greve deve continuar pelo menos até a próxima sexta-feira (11/12), quando haverá outra assembleia da categoria.