No dia Internacional do combate à corrupção, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) aproveita a data para protestar contra o escândalo político no Distrito Federal, conhecido como mensalão do Democratas. A manifestação na Praça do Buriti, em frente ao Palácio do Buriti (tradicional sede do governo) teve início por volta das 10h e, de acordo com a Polícia Militar, por volta das 12h, cerca de 2,2 mil pessoas já integravam o movimento.
Os manifestantes invadiram a pista e ocuparam as seis faixas do Eixo Monumental, no sentido Rodoferroviária-Rodoviária do Plano Piloto. Antes, eles haviam ocupado a pista no sentido oposto, da Torre de TV para a Rodoferroviária.
A interdição da via teve início pouco antes das 12h, quando estudantes que estavam na Câmara Legislativa até esta terça-feira (8/12) invadiram primeiramente duas faixas da direita. A polícia fez, então, um cordão de isolamento. No entanto, quando o semáforo próximo ao prédio do Buriti fechou, os participantes do movimento tomaram a via inteira. Os carros foram obrigados a fazer o retorno e seguir para a via no sentido Rodoviária do Plano Piloto, para pegar um caminho alternativo.
Cerca de 370 policiais cuidam da segurança da manifestação mas não conseguiram controlar a interdição da via. A cavalaria da Polícia Militar também está no local e acompanha o movimento, mas ainda não foi necessária a intervenção. Os militares negociam a desocupação da via.
Três carros de som animam militantes de partidos políticos, sindicatos, estudantes e representantes de movimentos sociais que já se aglomeram no local. Com faixas e bandeiras, eles pedem a saída do governador do DF, José Roberto Arruda, do vice Paulo Octávio (ambos do DEM) e investigação de todos os deputados distritais e secretários de governo citados nas denúncias de pagamento de propina que desencadearam a Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal.
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Com informações de Luiz Calcagno