Policiais militares declararam que a repressão ao protesto realizado nesta quarta-feira (9/12) contra o escândalo que envolve membros do GDF não foi truculenta. A coorporação afirmou que os policiais apenas usaram a força necessária para desimpedir as vias e garantir o direito de ir e vir da população. Segundo o comandante operacional da PM, coronel Luis Fonseca, houve dificuldade em negociar com os manifestantes, já que não havia uma liderança definida. "Nunca podemos dizer que a operação foi um sucesso quando existe confronto, mas tivemos a necessidade de desobstruir as vias do DF", explica.
O comandante da operação, coronel Souza Filho, disse que a força policial empregada foi a quantidade necessária para conter a manifestação. Como explicou, o Batalhão de Operações Especiais (Bope), a Cavalaria e Rotam sempre ficam disponíveis para esse tipo de manifestação. Ele afirmou que a contenção foi necessária pois os manifestantes queriam ir à Rodoviária do Plano Piloto, que é um ponto sensível da cidade.
[SAIBAMAIS]Pancadaria
A pancadaria na área central de Brasília durou cerca de três horas. Começou às 11h30, quando um grupo entre os 2,5 mil pessoas ; segundo estimativa da PM ; decidiu interditar o Eixo Monumental no sentido Rodoferroviária. A partir daí, a Praça do Buriti e o canteiro central da via viraram praça de guerra. Quando a cavalaria partia para cima dos manifestantes, eles corriam para o outro lado.
A tropa de choque não economizou em bombas de efeito moral e golpes de cassetete. Principalmente quando outro grupo de manifestantes começou a marchar em direção à Rodoviária do Plano Piloto. Acuados, a maioria de estudantes, decidiram retornar à Praça do Buriti e fechar a avenida em frente ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). Esse foi o momento mais violento.
A equipe do Correio Braziliense encontrou ao menos oito pessoas feridas, com hematomas pelo corpo. Um teve o pé quebrado após ser atingido pela pata de um cavalo. Mas, até o momento, os hospitais públicos não registraram atendimento em função do confronto entre PMs, estudantes e sindicalistas.