Cidades

DEM considera desfiliação de Arruda "dever cumprido"

postado em 10/12/2009 20:01

Brasília - Sem que o partido decidisse sobre o futuro do governador José Roberto Arruda na legenda, o presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), anunciou hoje (10) a desfiliação pedida pelo governador do Distrito Federal, que traz uma sensação de ;dever cumprido;. Arruda é acusado de envolvimento em um escândalo de pagamento de propina, conforme investigação da Operação Caixa de Pandora, da Polícia federal.

A desfiliação de Arruda seria votada amanhã (11) pela Executiva do DEM, mas, de acordo com Rodrigo Maia, para evitar a reunião, Arruda enviou uma carta pedindo para ser desfiliado. Com a decisão do governador do DF, a reunião foi cancelada. ;A desfiliação do governador Arruda foi melhor que a votação, amanhã, na Executiva;, disse Maia.

Sobre a situação do vice-governador Paulo Octávio, o presidente do partido do DEM disse que não há nenhuma ação para apurar a situação do vice-governador e nem a do presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, deputado Leonardo Prudente, ambos também acusados de envolvimento no esquema desbaratado pela Polícia Federal. Os membros da Executiva do partido sinalizaram que não haverá ação para apurar a responsabilidade de Paulo Octávio no escândalo.

;O caso do governador Paulo Octávio não é a mesma coisa do governador Arruda. Contra Arruda existem diálogos, vídeos;, disse Rodrigo Maia. A única gravação divulgada pela PF em que o nome de Paulo Octávio é citado mostra uma conversa de um de seus assessores com o ex-secretário Durval Barbosa. Nas imagens, o assessor recebe o dinheiro que seria levado para Paulo Octávio.

O líder do DEM no Senado, Agripino Maia (RN), também defendeu a permanência de Paulo Octávio no partido. Não tem vídeo dele recebendo propina;, disse Agripino. Na mesma gravação, o nome do presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), também é citado.

Agripino ainda acrescentou que um possível processo disciplinar contra o presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, deputado Leonardo Prudente, teria que, primeiramente, ser aberto pelo diretório regional, hoje presidido pelo vice-governador. Prudente foi flagrado em uma das gravações em vídeos divulgadas pela Polícia Federal, guardando dinheiro nas meias.

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