O Ministério Público Federal (MPF) divulgou nesta terça-feira (22/12) que cinco novas operações de busca e apreensão relativas à Operação Caixa de Pandora foram realizadas pela Polícia Federal nesta segunda-feira. A pedido do Superior Tribunal de Justiça (STJ), as ações foram acompanhadas pelo MPF.
[SAIBAMAIS]As novas operações foram requeridas pela subprocuradora-geral da República Raquel Rodge, designada para atuar no inquérito número 650 que trata sobre os supostos desvios ilegais de verbas no Executivo e Legislativo locais. As novas buscas e apreensões foram realizadas na tarde desta segunda-feira e encerram-se por volta das 19h40. O material apreendido, após analisado e periciado, será anexado aos autos do inquérito.
Na última sexta-feira (18/12), o STJ determinou a apuração de pagamentos a empresas em investigação sobre irregularidades no GDF. Na ocasião, o ministro Fernando Gonçalves decidiu acolher as solicitações do MPF e determinou perícias complementares "considerando a localização de cédulas de mesma série em locais distintos, e o universo de pessoas físicas e jurídicas que foram objeto das medidas de busca e apreensão realizadas por ordem do STJ".
Foi determinado ainda, a promoção das diligências necessárias para comprovar "a existência de eventual vínculo entre as empresas fornecedoras do dinheiro marcado e dos seus recebedores". O ministro destacou que a Polícia Federal deveria esclarecer a afirmação de que tem ;fortes indícios; de que o dinheiro marcado é o mesmo encontrado na casa de um dos investigados durante a operação de busca e apreensão.
;Como se trata de diligência meramente complementar, buscando corroborar as assertivas a respeito e já constantes dos autos do inquérito, nada impede o seu deferimento, mantendo o segredo de justiça sobre as informações que destes atos resultarem, até deliberação judicial, prevalecendo quanto ao mais o princípio da publicidade da investigação;, decidiu o ministro Gonçalves na ocasião.