Ana Maria Campos
postado em 29/12/2009 09:12
A Secretaria de Fazenda do Distrito Federal deverá encaminhar, em 6 de janeiro, todas as informações relacionadas às despesas com contratos na área de informática desde o início de 2007. Os dados foram requeridos pelo ministro Fernando Gonçalves, relator do Inquérito n; 650 no Superior Tribunal de Justiça (STJ), que apura suposto esquema de corrupção no GDF e na Câmara Legislativa revelado com a Operação Caixa de Pandora.De acordo com a determinação do ministro, a Secretaria de Fazenda deverá detalhar os pagamentos feitos a cada empresa que prestou serviço no setor de informática durante o governo Arruda. Segundo o STJ, a planilha deve conter a indicação das respectivas ordens bancárias, datas de pagamento e contas bancárias que receberam os créditos pagos pelo GDF. A assessoria de imprensa do Executivo local informou ontem que a notificação da decisão do STJ só ocorreu em 24 de dezembro e, portanto, o prazo de 10 dias estabelecido por Fernando Gonçalves, por causa dos feriados de Natal, só começaria a contar ontem, de acordo com entendimento dos advogados do GDF.
Na véspera do feriado, a Polícia Federal cumpriu quatro novos mandados de busca e apreensão autorizados pelo ministro. Entre os alvos investigados estão o escritório político de Arruda, na 502 Sul, e o Instituto Fraterna, presidido pela primeira-dama, Flávia Arruda. Também foram vasculhados a casa e o gabinete do assessor da Secretaria de Educação, Gibrail Gebrim, além da empresa da mulher dele, Evelyne Safe Carneiro. Fernando Gonçalves determinou ainda perícia no dinheiro apreendido nas casas e escritórios dos investigados, durante a Operação Caixa de Pandora, em 27 de novembro.