Cidades

Teatro mambembe Esquadrão da Vida comemora 30 anos de criação

postado em 31/12/2009 11:47
Foi com muito bom humor, dança, música e acrobacias que o grupo de teatro mambembe Esquadrão da Vida comemorou, na manhã desta quinta-feira (31), os seus 30 anos de criação. Em um cortejo que percorreu todo o Setor Comercial Sul em direção ao Conic, na praça que leva o nome de seu criador, Ary Pára-Raios, eles foram contagiando quem passava. "A gente viu aquela movimentação com música, dança e pirueta e quis ver o que era. É uma maneira animada de encerrar o ano", comentou Alex Alves, 32, funcionário de uma empresas de guindastes.

Já o pedreiro Hamilton dos Santos, 43, revelou que nunca tinha visto nada parecido, ainda mais em pleno centro de Brasília. " Meus olhos estão até brilhando. Eles são muito animados. Está bonito demais", comentou.

Várias pessoas saudaram o grupo pela janelas dos edifícios do SCS jogado papéis, aplaudindo e cantando junto com os artistas. Além das composições próprias do Esquadrão, várias músicas do cancioneiro popular como Alecrim Dourado, Mulher Rendeira e Ala la ô animaram as pessoas pelas ruas.

Luciano Astiko, ou melhor, o palhaço Xaxará, fez questão de seguir o grupo e destacou que começou sua trajetória como artista exatamente quando foi criado o Esquadrão da Vida. "O palhaço Xaxará nasceu naquele dia, há exatos 30 anos. É uma alegria muito grande estar aqui e participar de tudo que eles fazem porque merecem", declarou.

Já Fernanda Massot, mãe de quatro filhos de Ary Pára-Raios, destacou o legado deixado pelo ex-marido, falecido em 2003, e a importância da retomada do Esquadrão por sua filha Maíra Oliveira. "Brasília tem tanto espaço, é uma cidade que pede esse tipo de intervenção artística nas ruas. É muito emocionante ver que esse sonho do Ary vai permanecer", resumiu.

Criado em 1979, o Esquadrão da Vida, surgiu como uma maneira irreverente de reagir ao terror imposto pelo Esquadrão da Morte, nos tempos negros da ditadura militar. O grupo artístico foi pioneiro na abordagem de temas que marcariam a vida cultural brasileira como a preservação da natureza, a ética e a subversão bem-humorada do espaço público.

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