postado em 12/01/2010 19:40
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou no fim da tarde desta terça-feira (12/1) a abertura do sigilo bancário e fiscal do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, além de sete integrantes do GDF e da base aliada na Câmara Legislativa (CLDF). Também foi determinada a abertura das contas de empresas e associações, todos investigados na operação Caixa de Pandora, deflagrada pela Polícia Federal no último dia 27 de novembro.
A quebra de sigilo foi um pedido do Ministério Público Federal que alegou que a iniciativa permitiria "a visualização completa do comportamento financeiro dos envolvidos no caso". A quebra do sigilo ocorreu em 18 de dezembro e nesta terça o presidente do STJ, ministro Cesar Rocha, ouvindo o relator do inquérito, ministro Fernando Gonçalves, autorizou a divulgação.
Entre os integrantes do GDF que terão divulgados seus dados sigilosos estão o ex-chefe de gabinete de Arruda, Fábio Simão; o ex-assessor do governador, Omézio Pontes; o ex-secreatário de Educação, José Luiz Valente; o empresário, Gibrail Gebrim; o conselheiro afastado do Tribunal de Contas do DF, Domingos Lamoglia, além da deputada distrital Eurides Brito e do presidente da CLDF, Leonardo Prudente.
As pessoas jurídicas que terão os sigilos divulgados são empresas de informática além do Instituto Fraterna, comandado pela primeira-dama do DF, Flávia Arruda. As empresas são:
Adler Assessoramento Empresarial e Representações Ltda, Vertax Consultoria Ltda, Info Educacional, Uni Repro Serviços Tecnológicos Ltda, Linknet Tecnologia e Telecomunicações Ltda, CTIS Informática e a Associação Brasiliense dos Amigos do Arruda no Distrito Federal.
Em nota, Arruda informou que não foi notificado sobre a quebra do sigilo bancário e fiscal, mas reafirmou que "desde o inicio do processo colocou a disposição da justiça todas essas informações".