Cidades

Produtos de papelaria aumentam até 20% nesta época do ano

Levantamento do Procon em 11 estabelecimentos mostra que variação de itens entre um e outro local de compra é grande, em alguns casos chega a quase 400 %

postado em 13/01/2010 13:21

Início de ano é época de ir as compras. Mas desta vez os produtos são diferentes daqueles adquiridos nos presentes de Natal. Lista de materiais escolares na mão, e começa a gastança. De acordo com o Instituto de Defesa do Consumidor (Procon-DF), entre janeiro e fevereiro, véspera do início do ano letivo, os produtos de papelaria costumam aumentar entre 10% e 20%. Em alguns itens, a diferença de preço, de um estabelecimento para outro, chega à quase 400%, segundo levantamento feito durante esta semana pelo Procon-DF.

Foram pesquisados produtos em 11 papelarias de seis cidades do Distrito Federal (Asas Sul e Norte, Setor de Indústria Gráfica (SIG), Guará, Taguatinga e Ceilândia). As variações de preço de um mesmo material chegam a R$ 15 ; caso do lápis de cor de 24 cores. Um item que sempre está presente, a resma de papel branco com 500 folhas, também apresenta uma diferença de preço considerável. O menor valor encontrado foi de R$ 2,40 e o maior, R$ 11,90 ; uma diferença de 379%.

Despesas

Os gastos são sentidos no bolso de consumidores que tem filhos na escola. A viagem de fim ano nem foi toda paga e o servidor público Paulo Gerardo, 30 anos, já teve que arcar com mais despesas. Ele passou a manhã inteira desta quarta-feira (13/1) em uma papelaria, comprando os itens da lista escolar do casal de filhos, de 5 e 2 anos. Na hora de pagar a conta, mais de R$ 1 mil em produtos. "Só uma mochila custa R$ 150", espantou-se o pai, que reconhece não pesquisar preços como gostaria."Coisas pequenas, então, a gente coloca no carrinho e leva", disse.

Gerardo preferiu deixar as crianças com a babá antes de ir às compras, no último dia de férias dele. "Não ia dar certo elas aqui. Querem tudo o que veem pela frente", justificou. A papelaria onde o servidor público foi, na Asa Norte, estava movimentada. Os clientes faziam fila nos caixas. "Quando cheguei, não tinha nem quem me atendesse de tanta gente comprando", contou, já com as sacolas cheias em mãos.

Apesar de não ter pesquisado tanto a variação de preços nas lojas da cidade, Gerardo ficou atento à lista do material exigido. No caso da caçula, por exemplo, a escola pediu lenço umedecido. Ele não comprou. "Ela não vai precisar, não usa mais fraldas. Tem que ficar atento a essas coisas", explicou.

Dicas
O diretor do órgão de apoio ao consumidor, Ricardo Pires, orienta os pais a pesquisar preços antes de comprar. ;Mas pensando naqueles que não têm tempo de fazer um levantamento, divulgamos uma tabela com a comparação entre alguns estabelecimentos;. A lista será divulgada no site www.procon.df.gov.br no fim da tarde desta quarta-feira (13/1). Além disso, os pais podem ir às compras juntos. ;É maior o poder de barganha quando há mais materiais, quanto maior o valor. Isso aumenta a possibilidade de conseguirem um desconto;.

Pires destaca que muitas listas pedem materiais de uso coletivo e, também, produtos de limpeza. Nestes caso, se o pai achar que o pedido abusivo, pode recorrer à escola e pedir explicações sobre a real necessidade dos produtos. Caso não se convença, o pai não é obrigado a comprar esses materiais. ;Os pais só devem adquirir materiais de uso do aluno. Não obrigação de adquiri outro tipo de materiais;.

Caso se sinta lesado pelas exigências da escola, ou pelo valor dos produtos comprados, o consumidor pode registrar reclamação no Procon. Os telefones são: 3905-7495 ou 3905-5864.

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