Um policial militar foi baleado dentro de um ônibus por volta das 7h30 desta sexta-feira (15/1), próximo à igreja evangélica Fonte da Vida, na Quadra 1, do Setor de Indústrias Gráficas (SIG). O autor dos disparos já foi preso e o policial levado pelo Corpo de Bombeiros ao Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). Waldilei Pereira Teixeira foi atingido na mandíbula e estava consciente quando foi socorrido. Segundo informações do delegado-adjunto da 3; Delegacia de Polícia (Cruzeiro) Márcory Geraldo Mohn, a vítima não corre risco de morte.
Waldilei estava no ônibus quando teve sua arma (de posse particular), um revólver calibre .38, com seis munições, roubada por Edmar Alencar Ramos, 24 anos, autor do disparo. No momento do crime, o coletivo estava parado para alguns passageiros descerem e o rapaz conseguiu fugir. Uma outra pessoa que o acompanhava no ônibus também conseguiu escapar. Segundo testemunhas, ele entrou no transporte coletivo que vinha logo atrás. ;Vamos investigar e tentar identificar a pessoa que estava em companhia do criminoso;, disse o delegado.
Edmar foi preso por policiais militares em uma parada de ônibus na quadra 104 do Setor Sudoeste, onde esperava outro transporte para fugir. Houve reação na hora da abordagem, mas ele acabou sendo conduzido à 3; Delegacia de Polícia (Cruzeiro).
O ônibus, da empresa Viplan, fazia a linha 156, trajeto do Guará para a W3 Sul. De acordo com o motorista do coletivo, Rafael Cardoso, de 27 anos, no momento do disparo os passageiros pularam a catraca e fugiram do ônibus pela porta da frente. Segundo ele, Edmar entrou no ônibus na primeira parada do Setor de Indústria e Abastecimento (SIA). ;Ouvi o tiro e só vi os passageiros descerem correndo. Fiquei sem reação;, conta.
A assistente administrativa Cristiane Moura, 35 anos, estava próxima à catraca, conversando com a cobradora do ônibus. ;Escutei o tiro e as pessoas começaram a empurrar para fugir. Eu fiquei com o policial e esperei os bombeiros chegarem;. Cristiane avisou à esposa de Waldiney o que havia acontecido.
[SAIBAMAIS]De acordo com o delegado da 3; DP, o policial trabalhava no 12; Batalhão Judiciário e pegava o mesmo ônibus que Edmar todos os dias. O criminoso tinha passagens pela polícia por latrocínio, porte de drogas e danos ao patrimônio público. Ele estava em regime semi-aberto e trabalhava na defensoria pública, do Centro de Assistência Judiciária do DF.
Se for condenado, Edmar pode pegar de 20 a 30 anos de prisão, podendo ser reduzida a pena por ser tratar de uma tentativa de latrocínio. Ele nega o crime e disse que só vai se pronunciar em juízo.