Cidades

Tentativa de fuga em presídio é frustrada por Polícia em Planaltina de Goiás

postado em 16/01/2010 16:00
A Polícia Militar frustrou uma fuga de presos na cadeia pública de Planaltina de Goiás, entorno do Distrito Federal. Eram 2h30 de sexta-feira (15/01) quando um PM, que fazia um turno de vigia, ouviu barulhos estranhos vindos de uma das paredes.

No mesmo instante, comunicou o fato a um agente penitenciário e ambos foram verificar qual era o local exato do barulho. Quando se aproximavam de um ponto da cadeia, no pátio do estacionamento, observaram que um buraco havia sido aberto na parede e pediram reforços pelo rádio.

Ao chegarem um pouco mais perto, um preso saiu pelo buraco, mas não foi longe. Quase bateu de frente com os policiais e foi imobilizado. Mais nove detentos, no interior da cela,preparavam-se para a fuga e entraram em choque com os agentes. Em poucos minutos chegaram os reforços e carros da PM cercaram o local. Após minutos de resistência, Os policiais conseguiram conter todos os fugitivos.

Estrutura inadequada


A cadeia pública de Planaltina de Goiás é famosa por registrar muitas fugas e problemas estruturais. Em abril de 2009, o Ministério Público pediu a interdição e transferência dos presos, o que nunca ocorreu.

A ação do MP diz que a cadeia possuía 19 celas distribuídas em três alas com capacidade para 71 detentos. No entanto, na época ela abrigava mais de 90 presos, além de cerca de 40 reeducandos que cumpriam pena em regime semi-aberto. Entre 2005 e 2009, aproximadamente 80 presos fugiram do local.

Segundo o relato do Ministério Público, em uma cela que deveria abrigar até três presos, dormiam sete ou mais e, em função do excesso, deitar-se seria regalia e motivo de brigas, rebeliões e usado até mesmo como barganha pelos detentos.

A estrutura do prédio foi condenada pela Vigilância Sanitária Municipal e pelo Corpo de Bombeiros. Outro problema grave encontrado pelo ministério é a proximidade entre a cadeia e a Escola Municipal Darci Ribeiro e o Posto de Saúde da família, o que deixa 1.304 estudantes expostos a riscos. Em rebeliões e fugas,os presos pulam os muros para dentro da escola e se escondem no local.

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