postado em 21/01/2010 19:45
Apesar de a oposição classificar o fim da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), criada na Câmara Legislativa do Distrito Federal para investigar o suposto esquema de corrupção no governo local, de uma , o presidente da comissão, deputado Alírio Neto (PPS), afirma que a culpa pelo é do juiz que afastou os deputados suspeitos de integrarem o esquema. ;A manobra foi do juiz;, respondeu Alírio, ao ser questionado por jornalistas.
Os distritais aliados ao governador José Roberto Arruda (sem partido) usaram a decisão do juiz Vinícius Silva, da 7; Vara da Fazenda Pública do Distrito Federal, para justificar o fim dos trabalhos da comissão, instalada no último dia 11. Os integrantes da CPI se reuniram apenas duas vezes.
Além de impedir oito deputados e dois suplentes de participar do andamento dos processos de impeachment contra Arruda na Câmara, o juiz determinou a anulação de qualquer ato que tenha tido interferência ou tenha sido computado voto dos deputados afastados. Com base nessa decisão, Alírio Neto, com apoio da maioria da comissão, declarou que a CPI estava encerrada porque distritais afastados participaram das indicações dos membros da comissão e também assinaram ato pela autoconvocação da Câmara durante o recesso parlamentar.
No entanto, o deputado Paulo Tadeu (PT), único representante da oposição na CPI, argumentou que a decisão do juiz trata apenas de atos relacionados ao impeachment, o que não englobaria a comissão. Os petistas pretendem recorrer ao plenário da Casa para reverter a decisão de encerrar os trabalhos da comissão. No entanto, a maioria dos deputados é da base de apoio a Arruda.
O presidente em exercício, o petista Cabo Patrício, anunciou convocação extraordinária da Câmara a partir de segunda-feira (25). Na prática, o recesso parlamentar terminará e todos os distritais deverão voltar ao trabalho.