Cidades

Desaparecimentos deixam população de Luziânia com medo

Naira Trindade
postado em 24/01/2010 08:21
O medo e a insegurança pairam em Luziânia (GO), distante 66km de Brasília, após o desaparecimento de cinco adolescentes de idades entre 13 e 17 anos. No Parque Estrela D%u2019Alva, bairro onde misteriosamente os meninos sumiram, pais ficam a observar os filhos nas brincadeiras na rua ou os impedem de sair sozinhos. Um sexto caso de desaparecimento foi registrado na quinta-feira passada, na 1ª Delegacia Distrital de Polícia de Luziânia. Danilo Jahil Donizeth Silva, 22 anos, foi visto pela última vez às 19h30, no centro da cidade. Os policiais acreditam que esse caso não tenha ligação com os demais. Os familiares dos adolescentes sofrem com a ausência de notícias. Na noite última sexta-feira, eles seguiram em carreata suplicando por mais segurança. [SAIBAMAIS]Os desaparecimentos começaram em 30 de dezembro, com Diego Alves Rodrigues, 13, que havia saído de casa para ir a uma oficina mecânica no mesmo bairro, acompanhado por um amigo. A ocorrência foi registrada um dia depois, na véspera de réveillon. O segundo sumiço veio quatro dias depois, com Paulo Victor Vieira de Azevedo Lima, 16. Na sequência, George Rabelo dos Santos, 17; Flávio Augusto Fernandes dos Santos, 14; e Divino Luiz Lopes da Silva, 16, também desapareceram. Nenhum deles se conhecia, tampouco são considerados rebeldes pelos familiares - conforme chegou a sugerir o delegado-chefe da 1ª DP de Luziânia, Rosivaldo Linhares. "Trabalhamos com as hipóteses de rapto para trabalho escravo, de fuga dos próprios jovens por rebeldia e uma terceira linha que não pode ser anunciada para não atrapalhar as investigações policiais", ponderou. "Diego nunca me deu trabalho. Que motivos teria para fugir?", indaga a mãe dele, Aldenira Alves de Sousa, 52. A coordenadora do Fórum dos Direitos da Criança e do Adolescentes, Perla Rebelo, aconselha pais que estiverem insatisfeitos com os métodos de buscas a procurarem o Ministério Público. "Essas mães devem ser orientadas a procurar o Ministério Público. Órgãos dessa magnitude devem ser acionados para fazer uma maior pressão na solução do caso".

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