O presidente interino da Câmara Legislativa do Distrito Federal, deputado Cabo Patrício (PT), leu em plenário nesta segunda-feira (25/1) a mensagem enviada pelo deputado Leonardo Prudente (sem partido) na qual comunica sua renúncia ao comando da Casa. Com a oficialização da renúncia, começa a contar o prazo regimental de sete dias para convocação de novas eleições para presidência da Casa.
A renúncia de Prudente será publicada no Diário Oficial da Câmara desta terça-feira, quando, segundo Cabo Patrício, deve ser anunciada também a data da nova eleição. Essa é a primeira sessão plenária do ano, que acontece após o presidente interino ter convocado os deputados do recesso.
A carta que comunica o afastamento do parlamentar foi apresentada pelo distrital Raimundo Ribeiro (PSDB), em uma reunião da Mesa Diretora. A carta de duas linhas foi assinada por Prudente na última quinta-feira (21/1). O parlamentar permanece na Câmara até o fim do mandato, em dezembro deste ano.
Os nomes mais cotados para assumir a presidência da Casa são: Wilson Lima (PR), Eliana Pedrosa (DEM), Benedito Domingos (PP) e Batista das Cooperativas (PRP).
Afastamento
Desde o dia 18 de janeiro, Leonardo Prudente estava afastado da presidência da Câmara. A determinação do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) atendeu a uma ação popular do advogado Evilázio Santos.
O parlamentar chegou a entrar com uma ação em que contesta a decisão. O argumento era de que a deliberação judicial viola o "princípio da separação dos poderes, do devido processo legal e do voto popular e soberano", além de tomar lugar do Legislativo local, o que é proibido pela Constituição Federal. Porém, o TJ manteve a decisão.
Há pouco mais de um mês, em 23 de dezembro, Prudente pediu a desfiliação do Democartas e, por isso, não poderá ser candidato nas eleições deste ano.
Denúncias
Leonardo Prudente é acusado de ser um dos beneficiados do suposto esquema de pagamento de propina no DF. Ele aparece em um dos vídeos entregues pelo ex-secretário de Relações Institucionais do governo, Durval Barbosa, à Polícia Federal guardando dinheiro nas meias. Para se defender das imagens, o distrital afirmou que escondeu a quantia em suas vestimentas uma vez que "não usava pasta".