postado em 25/01/2010 17:27
O ex-secretário de Relações Institucionais do governo, Durval Barbosa, enviou ofício à CPI da Codeplan, que investiga o repasse ilegal de verbas no GDF, pedindo o adiamento de seu depoimento à comissão. A CPI marcou para as 10h desta terça-feira (26/1), na superintendência Regional da Polícia Federal, o depoimento de Durval.
O pedido do ex-secretário, assinado pela advogada Margareth Maria de Almeida, foi lido pelo relator da CPI, Raimundo Ribeiro (PSDB) nesta segunda-feira durante a primeira sessão plenária do ano na Câmara Legislativa do DF (CLDF). Durval alega que pode ser prejudicado em outros processos que responde judicialmente caso participe da oitiva.
O requerimento do delator do suposto esquema de propinas que envolveria a base do DEM no DF foi encaminhado à Segunda Secretaria da CLDF. De acordo com o texto lido em plenário, Barbosa argumenta que só poderia dar novas declarações ao final das investigações da Polícia Federal relativas à Operação Caixa de Pandora já que "receia ver-se diante da possibilidade de ter que ofertar respostas prejudiciais ao exercício de sua ampla defesa em feitos eventualmente não incluídos entre aqueles que serão encampados na pré-falada colaboração".
Em seu pronunciamento sobre o requerimento, o presidente da comissão, deputado Alírio Neto (PPS) recomendou ao relator, acompanhado do também integrante do grupo, deputado Paulo Tadeu (PT) consultarem os procuradores responsáveis pela investigação no Ministério Público Federal (MPF) para mais esclarecimentos.
A sessão na Câmara Legislativa foi encerrada por volta das 17h20 desta segunda-feira e uma reunião com os parlamentares foi convocada pelo presidente interino da Casa, Cabo Patrício (PT), para discutir o pedido de Durval. Segundo a Polícia Federal, o depoimento só será cancelado se a Câmara Legislativa enviar um ofício solicitando a alteração. "A Câmara tem que avisar ao senhor Durval que não cabe a ele decidir sobre o depoimento", afirmou a deputada da oposição Érika Kokay (PT).