postado em 02/02/2010 08:52

A delegacia tem até o próximo dia 26 para encaminhar o inquérito ao MP. Esta semana, são esperados os depoimentos dos familiares que estavam com a jornalista no dia da cirurgia, como a mãe, Maria das Graças Barbosa. Na próxima semana, a titular da 1; DP irá intimar Haeckel para prestar esclarecimentos referentes à morte de Lanusse. Ele não será ouvido antes em razão de ter apresentado atestado de 15 dias, assinado por um psiquiatra alegando estar abalado com a tragédia.
Segundo a delegada, o depoimento do cirurgião não deve alterar o indiciamento por homicídio doloso. ;O laudo é uma prova material incontestável. O Instituto de Medicina Legal foi bastante preciso nas circunstâncias em que ocorreu o fato;, explicou Martha Vargas.
[SAIBAMAIS]O MP prefere aguardar o prazo que o médico pediu para se apresentar na 1; DP para começar a decidir os caminhos do processo. ;Ainda não formei uma opinião sobre os fatos, mas o processo não vai parar por falta de depoimento;, garantiu Diaulas Ribeiro. O laudo do IML, apresentado na última sexta-feira pela 1; DP, diz que Lanusse Martins morreu de choque hipovolêmico, ou seja, por uma hemorragia causada pela perfuração de uma veia renal pela cânula de lipoaspiração. A equipe médica teria tentado reanimar a jovem por cerca de 1h15, sem sucesso. A vítima perdeu quase dois litros de sangue, até perder completamente os sinais vitais. Segundo uma fonte do IML, ouvida na semana passada pelo Correio, o rim direito da jovem também teria sido atingido. A delegada entende que o médico não tomou as providências para estancar a hemorragia.