Cidades

Adelmir Santana faz apelo por socorro político a Brasília

postado em 02/02/2010 16:02

Primeiro orador a discursar na abertura dos trabalhos legislativos de 2010, o senador Adelmir Santana (DEM-DF) destacou a urgência de os políticos brasileiros, em especial o Congresso Nacional, intervirem de forma a minorar a crise política e de governabilidade do Distrito Federal, após o escândalo que ficou conhecido como Mensalão do DEM, envolvendo o governador José Roberto Arruda e seus auxiliares e parlamentares distritais, acusados de desvio de dinheiro público.

O senador citou frase do falecido médium espírita Chico Xavier para pedir aos colegas a ajudar na tarefa de dar solução à crise política do DF: "Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim". Adelmir pediu a participação, especialmente, dos senadores Cristovam Buarque (PDT-DF) e Gim Argello (PTB-DF).

Adelmir afirmou que brasilienses em férias têm sofrido constrangimento apenas pelo fato de serem moradores da cidade e que carros com placa do Distrito Federal têm sido hostilizados em todo o país. Tendo em vista a situação, o senador teme que até mesmo a homenagem a ser feita pela escola carioca Beija-Flor pela passagem dos 50 anos de Brasília possa ser prejudicada, devido ao risco de reação negativa da plateia.

Ainda segundo Adelmir, a festa de comemoração do cinquentenário da capital, no dia 21 de abril, também estaria ameaçada, com a recusa de artistas de participarem devido ao "momento de risco político". O senador lembrou que a festa de Reveillón, mesmo com show da dupla sertaneja Zezé de Camargo e Luciano, teve público bastante inferior ao esperado.

O parlamentar, que se disse candango, por ter vindo para Brasília durante sua construção, relatou ter constituído família e construído toda sua vida na capital. Ele fez um apelo para que as instituições públicas nacionais e seus representantes zelem pela imagem pública de Brasília, para volte a ser "a capital da esperança".

"Quero afirmar que estou preocupado e chamo Vossas Excelências, senhores senadores, a compartilhar essa preocupação comigo. A equipe de socorro que pode estancar a hemorragia pode estar aqui neste Plenário", propôs, referindo-se a Brasília como "um paciente estirado nas ruas com veias expostas".

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