Está previsto para esta quarta-feira (3/2) o envio do inquérito da Operação Caixa de Pandora ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). O delegado da Polícia Federal (PF) responsável pelas investigações do suposto esquema de corrupção no Governo do Distrito Federal, Alfredo Junqueira, também pedirá um prazo maior para concluir o inquérito.
O pedido de prorrogação do prazo de investigações tem a intenção de ouvir mais pessoas envolvidas no esquema denunciado. Não há informações sobre quantas pessoas ainda devem ser chamadas a prestar depoimento. Também não foi divulgado quanto tempo a mais Junqueira pretende pedir ao STJ.
[SAIBAMAIS]Depoimentos
Desde 15 de janeiro, onze pessoas já compareceram à Superintendência Regional da PF em Brasília. Algumas, no entanto, valeram-se de recursos jurídicos para permanecerem caladas.
Já foram ouvidos representantes das empresas de informática CTIS, Infoeducacional, Uni Repro Serviços Tecnológicos e Vertax. As empresas são citadas no inquérito do STJ, acusadas de repasse de dinheiro como forma de garantir os contratos com o governo.
Além de representantes das empresas, já compareceram à PF outros citados no inquérito. Alguns deles aparecem em vídeos que desencadearam a operação Caixa de Pandora. A PF não divulgou o teor das oitivas.
Um dos personagens das gravações já convocados à colaborar com o inquérito é o ex-assessor de imprensa do GDF, Omézio Pontes, chamado a depor na tarde desta segunda-feira (1/2). Ele compareceu à Superintendência Regional, mas permaneceu calado. O ex-assessor da Secretaria de Educação, Adaílton Barreto, também era esperado neste dia, mas não compareceu. Dois advogados foram à superintendência da PF e entregaram um atestado médico, cujo teor ainda não foi divulgado.