Cidades

Bancada do PT pedirá afastamento de Geraldo Naves de investigações sobre corrupção

postado em 05/02/2010 13:21

A bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) deverá pedir, na próxima segunda-feira (8/2), o afastamento do líder do governo na Casa, deputado Geraldo Naves, de todos os cargos em comissões que investigarão o suposto esquema de corrupção no DF. O deputado foi citado, nesta quinta-feira (4/2), em denúncias que apresentam indícios de sua participação na tentativa de suborno de uma das testemunhas do chamado ;mensalão do DEM;.

Naves confirmou ter entregue ao jornalista Edmilson Edson dos Santos, o ;Sombra;, um bilhete de autoria do governador José Roberto Arruda (sem partido). No entanto, o deputado nega tentativa de suborno. Sombra apresentou o bilhete à Polícia Federal como prova.

De acordo com o deputado Paulo Tadeu (PT), Naves não tem condições de permanecer na investigação de corrupção após as denúncias. ;Ele, que está sendo acusado de suborno e de tentar bloquear investigações, não tem condições de ficar lá dentro. Não há como ser investigador de algo de que é acusado;, protestou Paulo Tadeu.

O deputado acusado é líder do governo na Câmara e participa de todas as comissões que investigarão o suposto esquema. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) julga o processo de impeachment. A Comissão de Ética julgará se houve quebra de decoro por parte dos parlamentares citados no inquérito. Além dessas, Naves preside a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigará o caso.

A bancada petista vai esperar até segunda que Geraldo Naves se manifeste voluntariamente por sua saída. Caso isso não ocorra, os parlamentares devem entrar com a representação que pede afastamento de Geraldo Naves de seus cargos em todas as comissões.

[SAIBAMAIS]Processo

Oito parlamentares já foram afastados, por decisão judicial, das questões referentes ao processo de impeachment. Caso o pedido de suspensão de Naves seja aceito pela Mesa Diretora da Casa, o quorum da Câmara para julgar o processo ficará abaixo do permitido.

Entre os 24 parlamentares, pelo menos 16 precisam estar fora de suspeição para analisar o caso. Há duas alternativas cabíveis quando não há um quorum. Um deles seria convocar suplentes para substituir os parlamentares afastados. O outro seria declarar a Câmara inapta para o julgamento.

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