A Polícia Federal entrará no caso dos jovens desaparecidos em Luziânia a partir de quarta-feira (10/2). A informação foi divulgada na manhã desta terça-feira (9/2) pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, no Ministério da Justiça, após reunião com o ministro Tarso Genro.
[SAIBAMAIS]A OAB encaminhou ao Ministério da Justiça um pedido de entrada da PF nas investigações. Segundo Cavalcante, o ministro conversou esta manhã com secretário de Segurança Pública de Goiás, Ernesto Roller e disponibilizou todo o aparato federal. "Não será uma investigação paralela. As duas polícias vão atuar em conjunto", explicou o presidente da ordem.
Tarso Genro já havia anunciado, mais cedo, que o Ministério da Justiça estudava uma forma legal de entrar no caso. "Queremos ajudar. É uma questão grave, mas temos que achar uma brecha para ajudar", afirmou o ministro.
Desmaio
Por volta do meio-dia, Genro recebeu as mães dos seis jovens desaparecidos há mais de um mês. Ao ouvir a resposta do reforço da PF nas investigações, Maria Lúcia Souza Lopes, mãe do Márcio Luiz, 19 anos, ficou tão emocionada que desmaiou.
Essa foi a primeira vitória da luta que essas mães estão travando em busca dos filhos. Ontem, elas já haviam se reunido com Ernesto Roller, em Goiânia, a fim de solicitar informações sobre o andamento das investigações. Na semana passada, junto a familiares e amigos, elas fizeram uma passeata na Esplanada dos Ministérios.
Os sumiços em Luziânia começaram em 30 de dezembro, quando Diego Alves Rodrigues, 13 anos, não retornou mais para casa. Ele saiu de casa no Parque Estrela Dalva 4 para ir a uma oficina de carros. Nunca mais foi visto. Na sequência, Paulo Victor Vieira de Azevedo Lima, 16, George Rabelo dos Santos, 17, Flávio Augusto Fernandes dos Santos, 14, Divino Luiz Lopes da Silva, 16, e Márcio Luiz Lopes, 19, sumiram. Nenhum deles é considerado rebelde pelos familiares.