O clima foi tenso durante quase toda manhã desta quinta-feira (11/2) no Tribunal do Juri de Brasília, no julgamento do contador Leonardo Luiz da Costa. Ele é acusado de atropelar e matar, em agosto de 2006, o universitário Pedro Davison , na época com 25 anos. O réu foi ouvido no final da manhã. Leonardo admitiu ter bebido uma lata de cerveja, mas disse que não estava embriagado no momento do acidente. Disse ainda que não prestou socorro porque não sabia o que havia atropelado.
"Um carro me fechou, peguei a faixa preferencial e bati em alguma coisa. Em seguida, peguei o Eixinho e vi que tinha uma blitz. Eu estava desesperado, com o carro avariado e carteira vencida. Tentei evadir. A polícia me abordou e me avisou que eu tinha atropelado um homem", relatou. O réu disse ainda que, ao ouvir o barulho da colisão, pensou que poderia até ter sido uma placa.
Os advogados de Leonardo Costa sustentam a tese de que ele não teve intenção de matar. Segundo eles, o acidente foi uma fatalidade. A defesa acrescentou que o réu é primário, tem uma filha e trabalha.
O promotor José Pimentel questionou se Leonardo não tinha visto o ciclista passar por cima do para-brisas. Outra testemunha que presenciou o acidente afirmou que o motorista trafegou na faixa central, proibida para veículos, por algum tempo antes de atingir Pedro Davison.
O economista Pérsio Davison, pai do ciclista morto, também testemunhou no julgamento. Ele afirmou ter convicção de que o réu será punido pelo crime. "Digo isso como o pai de Pedro, mas também como vítima."
Além do acusado e das duas testemunhas de acusação, o juiz ouviu nesta manhã duas testemunhas de defesa. Já por volta de 13h, após a fala do réu, foi exibido um vídeo com depoimentos de amigos, familiares e professores da vítima.
O julgamento, que teve início às 9h45, foi suspenso às 13h16.
A retomada da audiência estava prevista para as 14h30.
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