O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio de Mello adiou para esta sexta-feira (12/2) a decisão sobre o pedido de habeas corpus feito pela defesa do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido).
De acordo com o ministro do Supremo, que chegou a dizer inicialmente que tomaria a decisão ainda nesta noite de quinta-feira, o adiamento deveu-se ao horário em que foi entregue o material relativo ao pedido de habeas corpus pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que mandou prender Arruda.[SAIBAMAIS]
"O material só chegou agora (cerca de 22h30). Não quero fazer nada de forma açodada. Mas não passa de amanhã a minha decisão sobre o caso", afirmou o ministro Marco Aurélio Mello ao Correio.
O habeas corpus apresentado não inclui pedido para que Arruda retorne ao cargo. O esclarecimento foi feito pelo advogado Nélio Machado, que defende o governador. Machado explicou que o HC trata exclusivamente do pedido de liberdade do governador.
Arruda vai passar a madrugada desta sexta-feira (12/2) no gabinete da diretoria do INC (Instituto Nacional de Criminalística), que fica na superintendência da corporação em Brasília. Segundo a PF, na sala há apenas um sofá. Está à disposição do governador a chamada "Sala do Estado-Maior", reservada para autoridades.
"Sereno"
De acordo com o secretário dos Transportes do DF, Alberto Fraga (DEM), que esteve com Arruda na PF, o governador está "calmo e sereno". Segundo ele, Arruda negou que sua prisão tenha sido uma derrota política. "Não foi uma derrota. Foi um constrangimento", disse o secretário.
Ele também disse que foi oferecido ao governador a possibilidade de ser transferido para um quartel da Polícia Militar ou do Exército. Entretanto, Arruda preferiu ficar na PF.