Para Caputo, a medida seria drástica para a capital federal. ;Será outra apunhalada na população de Brasília. Não merecemos isso;, disse, acrescentando que os motivos apresentados pela procuradoria não justificam a intervenção. ;Queremos crer que não estão presentes nenhuma das hipóteses que a Constituição elenca para justificar a intervenção.;
No pedido levado ao Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, alega que o grupo, liderado por Arruda, ;instalou-se no próprio governo e utiliza as funções públicas para desviar e apropriar-se do dinheiro público, que deixa de atender às finalidades legalmente previstas, em intolerável afronta aos que contribuíram com seus impostos para o orçamento do Distrito Federal e à própria República, especialmente porque os recursos desviados foram arrecadados não apenas dos contribuintes do Distrito Federal mas dos contribuintes de todo o país".
Caputo defende o afastamento do governador em exercício, Paulo Octávio (DEM), e que a substituição dele siga a linha sucessória. No caso, o governo distrital passaria a ser comandado pelo presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, deputado Wilson Lima (PR), aliado do governador licenciado José Roberto Arruda (sem partido), preso na Superintendência da Polícia Federal.
O presidente do Supremo, ministro Gilmar Mendes, pediu informações ao governo do Distrito Federal, no prazo de cinco dias.