Cidades

Documento complica ex-secretário

postado em 14/02/2010 09:27
Uma apreensão feita pela Polícia Federal (PF) durante as investigações da Operação Caixa de Pandora mostrou ligações societárias entre o ex-secretário de Governo do Distrito Federal José Humberto Pires e a construtora Conbral. Em dezembro do ano passado, os agentes encontraram no prédio da construtora, no Setor de Armazenamento e Abastecimento Norte (SAAN), cópia de uma transferência bancária de R$ 100 mil feita pela Guará Empreendimentos Imobiliários à construtora. A base societária da Guará Empreendimentos é a própria Conbral e a Milênio Empreendimentos ; cuja parte pertence a José Humberto.

O homem de confiança de José Roberto Arruda (sem partido) foi afastado do GDF desde as denúncias de pagamento de propina e corrupção reveladas, em novembro, pelo ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa. Ele foi apontado pelo delator como o distribuidor do dinheiro ilícito do suposto esquema.

Investigações da PF apontam que na Conbral e na casa do conselheiro afastado do Tribunal de Contas do DF (TCDF), Domingos Lamoglia, também citado por Durval no inquérito do Superior Tribunal de Justiça (STJ), foram encontradas cédulas cujos números de série coincidem com aqueles contidos nas notas distribuídas pelo ex-secretário de Relações Institucionais sob monitoramento da PF. Segundo o auto de apreensão da polícia, ;a construtora era o local onde o dinheiro ficava guardado, aguardando sua distribuição entre os envolvidos no esquema de corrupção;. José Humberto não foi localizado ontem pela reportagem, mas em outras ocasiões negou que fosse sócio da Conbral.

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