Cidades

Parlamentares querem dissolução do diretório do DEM no Distrito Federal

postado em 15/02/2010 14:00
O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) e o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) pretendem pedir a dissolução do diretório do DEM no Distrito Federal devido às denúncias de corrupção envolvendo o governador licenciado José Roberto Arruda.

A medida, de acordo os parlamentares, é o primeiro passo para a proposta de desligamento do governador em exercício do DF, Paulo Octávio, alvo de quatro pedidos de impeachment na Câmara Legislativa e também citado como beneficiado no esquema de propina investigado pela Operação Caixa de Pandora.

Paulo Octávio ocupava a cadeira de presidente do diretório regional do partido e é também vice-presidente nacional do DEM. Pressionado, na última sexta-feira (12/2) ele pediu licença do cargo alegando que o afastamento permitirá ;maior liberdade de interagir com as demais legendas do Distrito Federal;.

O governador disse ainda ter "despreendimento" para pedir desligamento do partido caso a legenda entenda que ele deve sair. ;Se preferirem que eu saia, eu saio;, disse Paulo Octávio que para se firmar no poder vem tentando atrair apoio das mais variadas legendas.

O governador disse também que está confiante no apoio do presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia, para que continue na legenda. Ele pretende se reunir com lideranças nacionais do partido na próxima quinta-feira (18).

Os democratas temem que a presença de Paulo Octávio no partido tenha efeitos negativos na campanha. Caiado chegou a postar em sua página no twitter apoio à decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de determinar a prisão de Arruda.

;A Justiça está de parabéns por promover uma assepsia na política brasileira ao punir quem compra voto e usa o Poder Público para enriquecer;, afirmou o deputado em sua página.

Após a prisão de Arruda e com Paulo Octávio assumindo o governo, a Polícia Federal focou suas ações no governador interino. Ontem (14), o ex-policial Marcelo Toledo e o ex-secretário de governo José Humberto Pires, duas pessoas próximas a Paulo Octávio, tiveram suas casas vasculhadas.

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