O DEM vai avaliar a situação do governador Paulo Octávio, na semana que vem. O partido poderá expulsar Paulo Octávio e intervir no Diretório Regional do DF. A estratégia de lideranças nacionais da legenda é a de tentar isolar a pecha de corrupção ao partido no Distrito Federal.
Requerimento neste sentido será apresentado na reunião da Executiva Nacional, possivelmente na terça-feira (22/2), pelo senador Demostenes Torres (DEM-GO) e pelo deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO). ;Não tem como contemporizar. Vamos resolver de uma vez esse problema; disse o senador Demostenes Torres.
Segundo Demóstenes, filiados do partido em todo o Brasil, que não tem nada a ver com os problemas no DF, estão ;carregando uma cruz, absolutamente desnecessária;. O parlamentar disse que o DEM tem que agir de forma cabal, tomar providências e demonstrar que não tem nada a ver com as irregularidades cometidas no governo do Distrito federal. ;Se o partido for conivente naufraga junto com todos aqueles que praticaram irregularidades;, afirmou.
De acordo com o senador goiano, o DEM não pode mais governar o Distrito Federal. Segundo ele, o partido tardou em tomar as providências em relação ao vice-governador e ao Diretório Regional. ;Poderíamos ter feito no primeiro momento, mas nunca é tarde, está na hora de tomar providências. Se não temos mais quadros idôneos politicamente para gerir o DF é melhor tomar providências rapidamente;.
As razões para a intervenção da direção nacional do DEM no diretório do DF, segundo o senador, são o manifesto feito pelo diretório em favor do governador licenciado José Roberto Arruda (sem partido), acusado pela PF de ser o chefe de um esquema de corrupção no DF, e assinado pelo presidente da legenda, Paulo Octávio e, também, as demais acusações feitas contra a direção regional que politicamente seriam razoáveis para que haja a intervenção.