postado em 21/02/2010 08:56
A procura de pistas que levem ao paradeiro dos seis jovens desaparecidos do Parque Estrela Dalva, em Luziânia, há mais de 50 dias, continua. Neste sábado, policiais civis e federais não fizeram buscas em matas fechadas e em terrenos baldios, como na sexta-feira última. Mas o delegado responsável pela investigação, José Luiz Martins, passou o sábado ouvindo parentes e amigos dos rapazes na tentativa de encontrar algum detalhe que ajude a solucionar o caso. O trabalho deve continuar hoje.
Existe a suspeita de que alguém tenha tentado se desfazer de parte da bicicleta para dificultar a identificação. O fato de a peça ter sido jogada dentro do matagal intrigou os investigadores. ;Por que alguém viria tão longe para se desfazer disso? Se fosse apenas sucata, não seria jogada em um lixão?;, indagou uma fonte da polícia, que preferiu não se identificar. Parentes e pessoas que conhecem Márcio Luiz devem tentar reconhecer a peça nesta semana.
A polícia escolheu o matagal para fazer a vistoria porque o espaço era frequentado por um dos dois irmãos presos no Centro de Prisão Provisória de Luziânia (CPP) há três semanas e suspeitos de envolvimento no caso. No entanto, o chefe do Departamento Judiciário de Goiás, Josuemar Vaz de Oliveira, não acredita que a garupa seja a mesma da bicicleta do serralheiro. ;É difícil provar que seja a do menino desaparecido. Não há um registro de identificação em cada peça da bicicleta. Mesmo que fosse igual, seria difícil associá-la à de Márcio Luiz;, considera. As buscas por pistas devem continuar nos próximos dias, nas áreas urbanas e rurais da cidade.