De acordo com o escritório do advogado Nélio Machado, um dos defensores do governador, Arruda está disposto a assumir o compromisso de ficar de fora do comando do Distrito Federal até o final das investigações do suposto esquema de corrupção, que seria liderado por Arruda.
Os advogados do governador licenciado estão reunidos para elaborar uma estratégica para convencer os ministros do STF a libertar o governador, preso há 15 dias na Superintendência da Polícia Federal por tentativa de suborno do jornalista Edson Sombra - uma das testemunhas da Operação Caixa de Pandora. A manutenção do afastamento de Arruda do Executivo local deve ser um dos argumentos a ser usado pela defesa.
O julgamento do habeas corpus a favor de Arruda estava previsto para hoje (25), mas foi adiado pelo ministro Marco Aurélio, relator do caso, a pedido de Nélio Machado. O advogado pretende reformular o recurso por ter recebido ontem (24) informações sobre os votos dos ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que ordenaram a prisão do governador. O julgamento deve ocorrer na próxima semana.
Com a apresentação de novos fatos pela defesa - por meio do aditamento da inicial -, o ministro entendeu ser necessário abrir, novamente, vista dos autos à Procuradoria-Geral da República (PGR).
Antes de ser preso, Arruda pediu licença do cargo de governador em carta encaminhada à Câmara Legislativa. A ideia é que ele continue licenciado quando estiver em liberdade. A renúncia não está sendo cogitada, segundo a defesa.