Os deputados distritais foram ao Supremo reforçar os argumentos contrários à intervenção federal pedida pela Procuradoria-Geral da República. Ao presidente do STF, os parlamentares reiteraram que, diante da crise deflagrada por denúncias de corrupção, a Câmara Legislativa não se omitiu.
;A Casa tem reagido, adotando medidas eficientes e eficazes;, disse o presidente em exercício da Câmara Legislativa, deputado Cabo Patrício (PT).
Para o deputado Raimundo Ribeiro (PSDB), a eventual intervenção pode forçar uma auditoria nos contratos sob suspeita e paralisar as obras iniciadas pelo governo de José Roberto Arruda. ;A paralisação dessas obras pode acarretar desemprego. Há 50 mil pessoas empregadas nessas obras;, afirmou.
A defesa elaborada pela Procuradoria-Geral da Câmara Legislativa contra a intervenção federal, protocolada ontem (1;) no STF, baseia-se no andamento dos pedidos de impeachment do governador afastado José Roberto Arruda (sem partido) e no afastamento dos deputados distritais supostamente envolvidos da análise do processo de impeachment. O documento, assinado pelo deputado Cabo Patrício, sustenta ainda que o pedido de intervenção está fundamentado em notícias veiculadas pela imprensa.
Em defesa do governo do Distrito Federal, a Procuradoria do DF alega que a crise não é administrativa, mas política, o que não justifica o pedido de intervenção.