postado em 04/03/2010 08:03
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) ainda não devolveu à Polícia Federal o inquérito da Operação Caixa de Pandora, enviado à Corte há um mês. O STJ, por ser autor da ação, não tem prazo para se manifestar, mas fontes da PF ressaltam que a demora não deverá atrapalhar as investigações em torno do suposto pagamento de propina para integrantes do Governo do Distrito Federal. Uma apuração que dura mais de 100 dias.O inquérito judicial foi encaminhado pela Polícia Federal ao ministro do STJ Fernando Gonçalves em 3 de fevereiro. O magistrado encaminhou a ação para a Procuradoria-Geral da República para dar o parecer sobre a necessidade de prolongamento das investigações. O delegado que atua no caso, Alfredo Junqueira, pediu mais 30 dias de prazo para consolidar as apurações, um procedimento judicial normal.
Segundo a PF, apesar de não estar com o inquérito, as ações não estão paralisadas. Enquanto aguardam a remessa por Fernando Gonçalves, os investigadores trabalham na análise dos documentos recolhidos na Operação Caixa de Pandora e nas buscas e apreensões realizadas em 13 de fevereiro, dois dias após a prisão do governador afastado, José Roberto Arruda.
A Operação Caixa de Pandora foi realizada em 27 de novembro, quando a Polícia Federal realizou 29 mandados de busca e apreensão em residências e locais de trabalho de servidores do GDF, deputados distritais e repartições públicas. A ação da PF foi feita a pedido do STJ, que estava apurando irregularidades no governo local.