Com o objetivo de atender à demanda da sociedade, o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza a vacina contra a hepatite B, a partir deste mês, em 60 mil salas do país. O Ministério da Saúde adquiriu 33 milhões de doses para serem oferecidas ao longo de 2010, 18 milhões a mais que no ano anterior.
No Brasil já tiveram contato com o vírus da hepatite B (VHB), 7,44% da população de 10 a 69 anos. É o que informam dados do Estudo de Prevalência de Base Populacional das Infecções pelo Vírus das Hepatites A, B e C. A evolução para forma crônica ocorre em aproximadamente 5% a 10% dos adultos expostos ao vírus, com risco de desenvolver cirrose e câncer de fígado.
A vacinação contra a doença é uma das principais medidas de prevenção. Após as três doses, mais de 90% dos adultos jovens e 95% das crianças e adolescentes ficam imunizados contra o vírus. Tem direito a vacina os menores de 1 ano e crianças e adolescentes de 1 a 19 anos. Para as demais faixas etárias, podem ser imunizadas vítimas de abuso sexual, doadores de sangue, profissionais de saúde e outros.
Houve um aumento da abrangência, com foco na população mais vulnerável. Entre os grupos prioritários estão caminhoneiros, portadores de doenças sexualmente transmissíveis, gestantes, manicures e pedicures, assim como lésbicas, bissexuais, transgêneros, pessoas que vivem em assentamentos e acampamentos e hemofílicos.
Transmissão
A hepatite viral B é transmitida pelo sangue, esperma e secreção vaginal. Pode ocorrer pelo compartilhamento de objetos contaminados, como: lâminas de barbear e de depilar, escovas de dente, equipamentos de manicures e podólogos, materiais para colocação de piercing e para confecção de tatuagens ou pela relação sexual desprotegida.
Também há risco de infecção quando usuários de drogas usam instrumentos comuns ; tanto no caso das injetáveis (cocaína, anabolizantes e complexos vitamínicos), como das inaláveis (cocaína) e das pipadas (crack). A transmissão também pode ocorrer da mãe infectada para o bebê. Acidentes com exposição à materiais biológicos e procedimentos cirúrgicos, odontológicos e de hemodiálise, que não se aplicam as normas adequadas de biossegurança, são fatores de exposição à infecção pela hepatite B.