postado em 13/03/2010 11:20
Moradores do Plano Piloto, da Candangolândia, do Cruzeiro e do Sudoeste/Octogonal participaram de debates sobre o Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília(1), que começaram na última quarta-feira (10/3). Os encontros preparatórios para as reuniões plenárias fazem parte da primeira etapa de elaboração do plano, que servirá de parâmetro para a ocupação da área tombada. Os últimos debates ocorrem hoje, às 8h30, na Administração Regional da Candangolândia e, às 14h30, no auditório do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea), na 901 Sul.O evento de ontem foi marcado pela posição dos participantes contra a construção de duas novas quadras no Sudoeste, as SQSW 500 e 501. A expansão, que ocuparia um terreno de 140 mil metros quadrados, prevê a construção de 22 prédios residenciais nos moldes do Plano Piloto (com limite de seis andares) e seis blocos comerciais.
O primeiro dia, segundo estimativa da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente do Distrito Federal (Seduma), contou com cerca de 200 pessoas e tratou sobre as asas Norte e Sul. A segunda reunião, na última quinta-feira, abriu discussão sobre o Sudoeste e teve a presença de moradores e da Associação Parque Ecológico das Sucupiras. O presidente Fernando Lopes afirma que as obras terão impacto negativo para quem vive no local, além de ferir o tombamento de Brasília. ;Essas obras causarão o agravamento dos problemas de trânsito, a destruição do cerrado remanescente e a descaracterização do Eixo Monumental;, disse. O terceiro encontro ocorreu ontem, na Biblioteca do Cruzeiro, às 19h.
Segundo a Seduma, o projeto de expansão está suspenso por determinação da Justiça, mas obedece a todas as obrigações legais e funciona de acordo com as aprovações das entidades competentes. O presidente do Conselho Comunitário do Sudoeste, Elber Barbosa, contesta o argumento. ;A chamada poligonal do Sudoeste é um projeto de lei que tramita na Câmara Legislativa. Um decreto não tem poder de criar algo assim;, explica.
1 - Na Câmara
A Seduma pretende concluir, até outubro, o plano de preservação da área tombada. Projeto de lei a ser enviado à Câmara Legislativa vai estabelecer com detalhes os parâmetros de uso e ocupação do solo no Plano Piloto e adjacências.