postado em 14/03/2010 19:07
Apesar de manifestantes contra e a favor do governador afastado José Roberto Arruda (sem partido) terem dividido o mesmo ambiente, domingo foi mais um dia calmo diante da Superintendência da Polícia Federal, no Setor Policial Sul, onde Arruda está preso desde o último dia 11 de fevereiro. Não houve conflito entre os integrantes do Movimento Fora Arruda, em sua maioria estudantes, que fizeram um breve protesto, e dois simpatizantes do governador que marcam presença habitualmente na porta da Superintendência. Um deles, o aposentado José Lopes, 71 anos, acampa no gramado em frente ao complexo da PF há vários dias. Além dos manifestantes, estiveram na Superintendência apenas a primeira dama Flávia Arruda, que, como de costume, levou almoço para o marido pouco após as 12h40, e o advogado assistente da defesa Thiago Bouza, que chegou às 17h18 e passou cerca de 40 minutos com o governador afastado.
Flávia não falou com a imprensa quando entrou nem quandou saiu da Superintendência. Da mesma forma que no sábado, ela chegou no banco de trás do Fox vermelho que em geral usa para as visitas a Arruda, acompanhada de mais duas mulheres.
Os estudantes do Fora Arruda tomaram a entrada da PF por volta das 16h, usando apitos e bradando os gritos de guerra "Tá passando mal, vai para fila do hospital" e "Arruda, quer remédio? Na Papuda tem serviço médico". Os manifestantes pediram aos seguranças da guarita da Superintendência para entrarem no complexo de prédios a fim de entregar um vidro de óleo de peroba ao governador, o que foi negado.
O grupo, formado por 15 pessoas, protestou por cerca de meia hora e foi embora. Eles não se aproximaram de dois simpatizantes do governador afastado e preso, que, há alguns metros de onde os estudantes estavam, ficaram sentados em silêncio perto de faixas e cartazes. Ao lado do aposentado José Lopes, que disse estar dormindo diante da PF há duas semanas, o motorista Geraldo Arão Silva, 51 anos, dizia também apoiar Arruda. "Ele dorme aqui, e eu venho de vez em quando, assim como outras pessoas", declarou Silva, que elogiou a administração do governador afastado e fez questão de ressaltar que não é funcionário do governo do Distrito Federal. "Sou motorista particular", disse.
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