A crise instalada após denúncias contra o pré-candidato petista ao governo do DF, Agnelo Queiroz, não modificou o calendário do partido, de acordo com o presidente regional do PT, Roberto Policarpo. Ele confirmou que as prévias para o cargo de governador, até segunda ordem, estão mantidas para o dia 21 de março.
Neste domingo, Agnelo comentou as denúncias contra ele na última edição da revista Época. Segundo a publicação, ele não teria recursos suficientes para comprar os imóveis que possui, além de ter construído um complexo de lazer em área invadida, próxima a seu terreno. A revista também destaca que ele teria negado e, em seguida, confirmado encontro com o ex-governador Joaquim Roriz.
Em nota, ele informou que declarações de Imposto de Renda dele e da mulher provam os dois têm rendimento mais do que suficiente para as compras. E que mantém conversas com todos os políticos, de oposição ou situação. Eventualmente, mantém conversas com Joaquim Roriz
O político, que é diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), acredita que, por terem sido publicadas uma semana antes da prévia, as informações podem ter partido de dentro da própria legenda. "Vários pontos da matéria fazem parte de e-mails repassados, muitos assinados, por pessoas ligadas à militância de Geraldo Magela", afirmou. Ele ainda acusa Magela de ter rompido acordo feito pela legenda, no final do ano passado.
No começo deste mês, o Diretório Nacional do Partido aprovou uma recomendação pedindo que os estados evitem a realização das prévias, para fugir de disputas internas e favorecer acordos amigáveis entre os concorrentes. Mas como não se chegou a um consenso no DF, a solução, segundo Policarpo, foi contrariar a orientação do partido. "A única coisa que pode levar à suspensão das prévias é uma interferência do partido nacional", afirma ele.
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