Cidades

Greve: Mais de 150 mil brasilienses estão sem acesso ao metrô

postado em 15/03/2010 11:00
Mais de 150 mil brasilienses estão sem acesso ao metrô desde às 6h desta segunda-feira (15/3). Os metroviários do Distrito Federal iniciaram uma greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada neste sábado (13/3), após uma reunião de representantes do Sindicato dos Metroviários do DF (Sindmetrô-DF) com representantes do GDF.
O mantimento de 30% da frota em funcionamento, estabelecido pela lei n; 7.783, de 28 junho de 1989 não está disponível para os usuários. Com isso, o fluxo de veículos fica ainda mais complicado, principalmente, na Asa Sul, em Samambaia, em Ceilândia, em Taguatinga, em Águas Claras e no Guará. Com as 23 estações fechadas, muitos passageiros tiveram que ir para os pontos de ônibus ou tirar o carro da garagem.

Segundo a assessoria do Metrô-DF, o percentual de 30% não se aplica ao transporte. O órgão alega que com apenas esta quantidade do efetivo, a segurança dos usuários estaria em risco, já que a demanda é enorme.
Reforço
Foi prometido pelo GDF, a colocação de 350 ônibus a mais nas ruas. Porém, o número não foi suficiente para evitar os transtornos da população na manhã desta segunda-feira (15/3).[SAIBAMAIS]
Reivindicações
A lista de reivindicações conta com 76 pedidos. Os metroviários pedem reposição salarial de 120%, a implementação imediata do Plano de Empregos e Salários, além de reajustes nos valores dos auxílios creche e alimentação.
O secretário de administração e finanças do SindMetrô-DF, Carlos Alberto Cassiano Silva, explica que a proposta do GDF é insatisfatória. "Eles propuseram apenas 5% de aumento nos vencimentos, subiram só 10% do auxílio creche e do plano de saúde básico. Não dá". (Veja abaixo as reinvidicações dos metroviários e a proposta do GDF)

Cerca de mil metroviários aderiram a greve, o que representa 90% da categoria. Silva disse ainda que ,pelo menos, até esta terça-feira (16/3) o metrô continua parado.

Manifestação
Os metroviários fazem uma manifestação nesta segunda-feira (15/3), na Praça do Relógio, em Taguatinga Centro, até ao meio-dia. Depois eles seguem com o manifesto para o Palácio do Buriti.

Principais reinvidicações do grevistas
-Aumento real de 120%;
-Aumento do abono salarial de R$ 100 para R$ 250;
-Aumento do auxílio alimentação de R$ 450 para R$ 704;
-Pagamento de 13; do auxílio alimentação de R$ 704;
-Aumento do ressarcimento do Plano de Saúde de R$ 133,46 para R$ 300;
-Aumento do auxílio creche de R$ 121,8 (até 7 anos) para R$ 522,5 (até 12 anos);
-Pagamento de auxílio dependente PNE de R$ 522,5;
-Pagamento de adicional de periculosidade de 30% (não é previsto em lei para esta categoria);
-Pagamento de adicional por condução de veículos de R$ 510;
-Pagamento de adicional por risco de vida para agente de segurança de 30%;
-Redução de participação no vale-transporte de 6% para 1%;
-Pagamento de adicional noturno de 20% para 50%.

Proposta do GDF
-Aumento real fixado com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do período;
-Aumento do auxílio alimentação de R$ 450 para R$ 484;
-Aumento do auxílio creche de R$ 121,8 para R$ 133;
-Manutenção do acordo coletivo e dos benefícios atuais;
-Implantação do Plano de Empregos e Salários até janeiro de 2011.

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