Após audiência de conciliação que durou quase oito horas, não houve acordo entre os metroviários e o GDF para encerrar a greve que paralisa o metrô do DF desde a manhã desta segunda-feira (15/3). Os trabalhadores reivindicam aumento salarial de 120%.
O Sindicato dos Metroviários (Sindmetrô-DF) e a direção da Companhia do Metropolitano (Metrô-DF) se reuniram na presidência do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), sob a mediação do desembargador presidente do TRT, Mário Caron. Ao fim da reunião, por volta de 1h da madrugada desta terça-feira, Caron determinou que o metrô funcione parcialmente.
Entre as 6h e as 9h da manhã desta terça-feira, 60% do total do sistema metroviário (12 trens) deve operar. Das 9h às 16h, o efetivo será reduzido para 30% (seis trens). Entre 16h e 19h, 80% (16 trens) têm que estar em operação. Em seguida, o número cai novamente para 30%.
Durante as negociações, o GDF ofereceu um reajuste salarial de 5,1%, baseado no índice INPC, além de aumento em benefícios como auxílio-creche (de R$ 121,80 para R$ 133), vale-alimentação (de R$ 20,45 para R$ 24) e reembolso no plano de saúde (de R$ 133 para R$ 145). Para os funcionários da área operacional, também foi ofertada uma gratificação de 13% no salário.
O secretário de Administração e Finanças do Sindmetrô-DF, Carlos Alberto Cassiano da Silva, saiu pessimista da audiência de conciliação: "O sentimento é de que a categoria não vai aceitar". Os metroviários marcaram assembleia para as 12h desta terça-feira, na Praça do Relógio, em Taguatinga. Às 14h, está prevista nova rodada de negociações no TRT.
Segundo o diretor de Operações do Metrô-DF, José Dimas Machado, o ideal seria a normalização do sistema, mas o funcionamento parcial determinado pelo TRT será cumprido.