Renato Alves
postado em 16/03/2010 16:30
A defesa do governador afastado do DF, José Roberto Arruda (sem partido), tenta a liberdade do preso sob a alegação de que a denúncia que culminou na prisão preventiva de Arruda teve como base um flagrante armado. Segundo os advogados, o protagonista da suposta tentativa de suborno contra Edmilson Edson dos Santos, o "Sombra", é funcionário do próprio jornalista. O pedido não será julgado na Corte Especial desta quarta-feira (17/3), já que o minsitro Fernando Gonçalves o enviou ao Ministério Público Federal para análise. O parecer pode sair em até cinco dias.
[SAIBAMAIS]O conselheiro do Metrô-DF, Antônio Bento da Silva, foi preso em flagrante, em 4 de fevereiro, ao fazer um pagamento de R$ 200 mil reais a Sombra. Em depoimento à Polícia Federal, ele afirmou que agia em nome de Arruda. A tentativa de suborno, gravada pela Polícia Federal com autorização de Sombra, justificaram o pedido de prisão. O dinheiro seria para que ele afirmasse, em depoimento à Polícia Federal no inquérito da operação Caixa de Pandora, que os fatos investigados teriam sido criados por Durval Barbosa para prejudicar o governador.
No entanto, a defesa contesta a versão de Antônio Bento e destaca que o conselheiro da CEB também era diretor comercial do jornal "O Distrital", do qual Sombra é proprietário. Um dos questionamentos dos advogados é: por que o flagrante ocorreu em um shopping e não no escritório onde os dois trabalhavam juntos?
Além de Arruda e Antônio Bento, mais quatro pessoas acabaram presas, acusadas de envolvimento no epsódio. Apontados como emissários do governador, o ex-secretário de Comunicação do Distrito Federal Weligton Luiz Moraes, o suplente de deputado distrital Geraldo Naves, e o ex-diretor da Companhia Energética de Brasília (CEB) Haroaldo Brasil de Carvalho, estão no Complexo Penitenciário da Papuda desde 12 de junho. Também foi detido o ex-secretário particular e sobrinho de Arruda, Rodrigo Arantes Carvalho, que teria entregue o dinheiro do suborno a Bento.