Gurgel admitiu que o esquema de arrecadação e distribuição de propina denunciado pelo ex-secretário do GDF Durval Barbosa pode não ter começado com o governo de José Roberto Arruda (sem partido). ;O que o Ministério Público deseja é que a investigação seja a mais ampla possível. Este esquema criminoso não teria se iniciado no governo Arruda. Mas, por enquanto, os elementos que temos referem-se ao governo Arruda;, disse o procurador.
Durval Barbosa responde a pelo menos sete ações penais no Tribunal de Justiça do Distrito Federal por contratos irregulares firmados como ex-diretor da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan). Nestes processos, o Ministério Público ressalta que a incidência e o alcance da delação premiada negociada com o ex-secretário estão sendo analisadas.
Seis processos consultados pela Agência Brasil na 4; Vara Criminal de Brasília referem-se a contratos milionários firmados pela Codeplan com o Instituto Candango de Solidariedade (ICS), durante o governo de Joaquim Roriz (PSC). Em 2004, os contratos somaram R$ 247,5 milhões.
Segundo o MP, em vez de prestar serviços de assistência social, o instituto servia como intermediário na contratação direta de empresas e de funcionários para o GDF. A cada contrato que intermediava, o ICS acrescentava um percentual de sobrepreço.