postado em 19/03/2010 18:39
Mais de 100 estudantes da Universidade de Brasília (UnB) protestam contra a violência à mulher no campus, na tarde desta sexta-feira (19/3). As manifestantes se concentraram por volta das 17h no Ceubinho e as 18h chegaram à reitoria para entregar documento pedindo providências imediatas de segurança. No momento, elas estão no auditório da reitoria, onde leem as reivindicações para o reitor José Geraldo de Sousa Júnior.Entre os pedidos está a contratação de vigilantes mulheres, que entederiam melhor a vulnerabilidade e as situações de perigo enfrentadas pelas estudantes, além de mais iluminação no campus. Elas pedem também que a reitoria cobre dos responsáveis pelo terreno baldio, onde uma estudante de letras foi violentada e que dá acesso a L2 Norte, que limpem o local, pois acreditam que o mato alto facilita os ataques. Mais tarde, as estudantes pretendem realizar uma vigília no local onde ocorreu o estupro.
Estupro
O protesto foi desencadeado após uma universitária ser vítima de violência sexual nas proximidades da universidade. Na noite de segunda-feira (15/3), uma estudante do curso de letras foi estuprada no terreno baldio da 606 Norte, usado por universitários para chegar até a parada de ônibus da L2 Norte.
Até esta sexta, o agressor não havia sido identificado. Na terça-feira (16), um suspeito foi levado à delegacia, mas a vítima não o reconheceu. Pela descrição da aluna, o autor do estupro é careca, moreno, magro, com 1m68 de altura e idade entre 23 e 25 anos. Ele vestia calça jeans e tênis.
Repúdio
Nesta quinta-feira (18) o Instituto de Letras divulgou carta em repúdio ao estupro sofrida pela estudante. Segundo o documento já não é a primeira vez que uma estudante da universidade sofre este tipo de violência. "Constatamos, com enorme consternação, que não é a primeira vez que uma estudante do nosso Instituto é vítima de violência sexual no caminho entre a UnB e a via L2. É bom lembrar que este é o trajeto percorrido, diariamente, por um grande número de estudantes dos cursos noturnos que dependem das linhas de ônibus que atendem a via L2 para retornar às suas respectivas residências".