postado em 23/03/2010 09:28
Como se não bastasse o deficit no quadro da Polícia Civil de Goiás ; hoje, o estado carece de 2 mil policiais ;, a corporação ficará ainda mais reduzida com a greve dos delegados. A paralisação está prevista para quinta-feira e será por tempo indeterminado, conforme ficou decidido na última assembleia da categoria, realizada em Goiânia, na sexta-feira da semana passada. Com isso, alguns serviços importantes deverão sofrer prejuízos, como a investigação do desaparecimento dos seis jovens no município de Luziânia ; o primeiro caso ocorreu há mais de dois meses.Ao todo, devem aderir ao movimento grevista 70% do efetivo de delegados em todo o estado, que conta com um quadro de 362 profissionais. Isso porque a lei determina que um percentual de 30% do quadro da classe seja designado para trabalhar durante o movimento. Mas os delegados escalados para atender à determinação judicial farão apenas serviços internos, como autorização para abertura de inquérito, compra de material, entre outros. Eles participarão somente de investigações de crimes graves que ocorrerem de quinta-feira em diante e, mesmo assim, em flagrante. Os casos mais leves, como furto, ameaça e desaparecimento de pessoas, terão de aguardar a volta dos delegados às atividades normais.
Reivindicação
Os delegados querem a reposição salarial dos últimos cinco anos. O percentual acumulado nesse período chegaria a 30%, segundo os cálculos do Sindicato dos Delegados de Polícia de Goiás (Sindepol). A margem seria aplicada sobre o salário deles. Um delegado de polícia em início de carreira recebe R$ 8,5 mil. Com o aumento, a remuneração inicial subiria para aproximadamente R$ 11 mil.