O presidente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), desembargador Mário Caron, determinou, no início da tarde desta terça-feira (23/3), que os metroviários cumpram percentual mínimo de 80% do efetivo na volta para casa de hoje. Apenas seis dos 19 trens - 30% do efetivo - estão em atividade com a greve e, com isso, o tempo de espera dos usuários chega a 50 minutos.
[SAIBAMAIS]O desembargador do trabalho determina ao sindicato da categoria, em greve desde a noite de segunda-feira (22/3), que mantenha 60% da frota no pico da manhã (das 6h às 9h), 30% da frota no intervalo entre picos e 80% no fim do dia (das 16h às 19h). A decisão tem efeito imediato.
O TRT se manifestou em ação protocolada hoje de manhã pelo Metrô-DF, onde a Companhia argumenta que não foram observados os prazos legais de notificação do movimento com antecedência mínima de 72 horas.
De acordo com o diretor de assuntos jurídicos do sindicato dos metroviários, Carlos Alberto Cassiano, a categoria ainda não foi comunicada da decisão. "Assim que recebermos a notificação entraremos com recurso, porque esse é um percentual muito alto para uma greve", afirma.
Reivindicação
Os metroviários decidiram retomar a greve em assembleia na noite desta segunda-feira (22/3). Eles rejeitaram a proposta do GDF, que sugeriu aumento progressivo de 6,5% em abril, acrescidos de outros 6,5% em setembro, R$ 592 de vale-alimentação e gratificação de R$ 64 para os empregados de operação e manutenção. A categoria pede reajuste salarial de 60%.