Mesmo após a determinação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de que o Metrô circule com 60% da frota no início do dia, entre as 6h e as 9h, o transporte funciona na manhã desta quarta-feira (24/3) com percentual abaixo do estipulado pelo tribunal.
De acordo com a assessoria de comunicação do Metrô, sete trens circularam no início da manhã, às 6h. Entre as 8h e as 9h, 12 deles deles entraram em funcionamento. Até as 16h, os metróviários trabalham com apenas 30% do efetivo. O número de usuários diminuiu e não houve confusão nas estações. Passageiros que desistirem da viagem devem se dirigir até o guichê para pegar o dinheiro de volta.
O secretário de assuntos jurídicos do Sindicato dos Metroviários (SindMetrô-DF), Carlos Alberto Cassiano Silva, afirma que o sindicato não recebeu nenhuma notificação até as 8h45 desta quarta. "Tem uma pessoa na sede do sindicato só esperando a notificação. Assim que chegar, entraremos com recurso no prazo de 48 horas", diz Cassiano.
O sindicalista explicou ainda que o percentual de 80% é superior ao número de trens que rodam normalmente. "É um absurdo. Nos dias normais são 15 trens que funcionam. Mas 80% equivale a 16". Os metroviários fazem uma manifestação nesta manhã, a partir das 10h30, em frente o Palácio do Buriti. São esperados entre 300 e 400 funcionários.
Determinação
No início da tarde dessa terça-feira (23/3), o TRT ordenou que metroviários mantenham 60% da frota no pico da manhã (das 6h às 9h), 30% da frota no intervalo entre picos e 80% no fim do dia (das 16h às 19h). No fim do dia, a categoria compriu a ordem e colocou em circulação 80% da frota.
No entanto, em assembleia realizada mais tarde, na Praça do Relógio, em Taguatinga Centro, os funcionários do Metrô decidiram continuar a greve com o percentual inicial de funcionamento - 30% dos trens.