Cidades

Metroviários radicalizam e decidem parar totalmente o metrô nesta quinta-feira

postado em 24/03/2010 22:12

Os metroviários do Distrito Federal optaram por radicalizar a greve e cruzar totalmente os braços nesta quinta-feira (25/3). Em assembleia realizada na noite desta quarta-feira (24/3), na Praça do Relógio, em Taguatinga, a categoria decidiu que nenhum vagão vai funcionar amanhã.

A decisão desrespeita liminar do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que determina o funcionamento do metrô com 60% da capacidade entre 6h e 9h; com 80% das 16h às 19h; e 30% nos outros horários. O desrespeito a essas regras implica multa de R$ 100 mil por dia.

Nesta quinta-feira, os metroviários recorrerão da liminar e prometem ir ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) para não ter que pagar a multa estipulada pelo desembargador Mário Caron em caso de descumprimento da decisão.

[SAIBAMAIS]Para o Sindicato dos Metroviários do DF (Sindimetrô-DF), o metrô funcionando com 80% do efetivo descaracteriza a greve. "Se mantivermos 30% ou 50% da frota em operação, seremos multados de qualquer jeito. Então, optamos por paralisar as atividades", disse o secretário administrativo e financeiro do Sindimetrô, Carlos Alberto Cassiano.

Segundo a direção do sindicato, a decisão foi tomada após a retirada da proposta do governo de 13% de aumento para os funcionários da manutenção. O recuo ocorreu nesta tarde, em uma reunião na Câmara Legislativa com o presidente interino da Casa, deputado Cabo Patrício (PT), representantes do GDF e da Secretaria de Planejamento.

De acordo com o coordenador-geral do Sindmetrô, Solano Teodoro da Trindade, o encontro com Cabo Patrício era para tentar reabir o canal de negociação com o GDF, encerrado na última segunda-feira, no TRT. Nada foi conseguido. "Vamos continuar com a greve", afirmou Solano.

Negociação

Os deputados distritais cobraram do governador em exercício, Wilson Lima (PR), uma solução para a greve dos metroviários. Lima disse que reabrirá as negociações e receberá representantes da categoria na semana que vem, se a paralisação for interrompida.

Entre as principais reivindicações da categoria estão: reajuste salarial de 60%; aumento do auxilio-alimentação para R$ 30/dia; gratificação de 30% para funcionários da operação e manutenção; e aumento do auxílio-creche de R$ 115 para R$ 300.

Colaborou Samanta Sallum

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