Devido à falta de acordo entre Sindicato dos Metroviários (SindMetrô-DF), do Metrô-DF e do Governo do Distrito Federal, durante audiência de conciliação na tarde desta sexta-feira (26/3), o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou que a multa aplicada à categoria aumentasse de R$ 100 mil para R$ 250 mil por dia.
Como os metroviários não seguiram a determinação da Justiça, que fixou percentuais de circulação da frota, e suspenderam totalmente os serviços desde quinta-feira (25), o TRT aplicou a multa. Segundo o tribunal, para que o serviço do metrô não parasse, o presidente da Justiça do Trabalho, desembargador Ricardo Alencar Machado, manteve a liminar que fixa os seguintes percentuais: 60% da frota das 6h às 9h da manhã, 80% das 16h às 19h, e 30% nos horários restantes.
[SAIBAMAIS]Além disso, o desembargador determinou o envio do processo ao Ministério Público do Trabalho para depois marcar uma sessão extraordinária para julgamento do dissídio coletivo de greve.
De acordo com o coordenador-geral do sindicato, Solano Teodoro da Trindade, a categoria já foi informada do novo valor. "Após a assembleia (os metroviários se reúnem às 20h na Praça do Relógio, em Taguatinga), iremos definir os rumos da greve", disse.
Proposta
Além do reajuste de 19,4%, a última proposta do GDF à categoria oferece aumento do tíquete de alimentação para o valor diário de R$ 26,90; auxílio-creche de R$ 150; auxílio-saúde que subiria para R$ 146 em julho e R$ 161 em novembro; e abono dos pontos dos dias parados. De acordo com o coordenador-geral do SindMetrô-DF, a oferta foi recusada por não conter gratificação.
Entre as principais reivindicações dos metroviários, estão reajuste salarial de 60%, aumento do auxílio-alimentação para R$ 30/dia, gratificação de 30% para funcionários da operação e manutenção e aumento do auxílio-creche de R$ 115 para R$ 300.