Cidades

Alunos estão na luta contra a dengue

postado em 27/03/2010 07:38
A batalha para conter o avanço da dengue no Distrito Federal não para de ganhar combatentes mirins. Ontem, cerca de 180 alunos do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 4, localizado na SQS 113, percorreram ruas próximas à escola, em uma animada passeata. Com a ajuda de professores, eles confeccionaram panfletos contendo dicas para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti e distribuíram a moradores, comerciantes e motoristas que passavam pelo local. Empunhando cartazes feitos por eles mesmos e materiais informativos distribuídos pelos serviços de saúde, os estudantes, com idade entre 10 e 15 anos, aproveitaram para cantar músicas que compuseram sobre o tema.

À frente do grupo, uma dupla de alunos usava asas, antenas, bico feito de papel-cartão e fazia uma coreografia semelhante ao voo de um inseto. Eram os mosquitos, batizados de dengoso e dengosa, criados por Larissa Fontenelle e João Félix, ambos de 15 anos. Alunos da Aceleração ; classe que busca equiparar alunos com várias reprovações às suas turmas de origem ;, eles criaram um teatro e uma música. A encenação foi feita em todas as salas da escola. ;Estamos aprendendo muito sobre a dengue;, admite Larissa. O aluno Bruno Brayner, 10 anos, também não deixou por menos. Pesquisou sobre a doença, imprimiu imagens na internet e fez um cartaz colorido com informações resumidas sobre o assunto. ;Queria demonstrar que a prevenção é importante;, afirma.

[SAIBAMAIS];A mobilização tem que começar desde cedo;, disse o motoboy Júlio Gonçalves, 37 anos, ao receber um panfleto dos estudantes. Pai de um menino de 7, ele afirmou que a dengue também entrou nas lições escolares do filho. ;Eles com certeza levam a conscientização que recebem na escola para dentro de casa;, acredita o gerente de loja Marcos Antônio Maciel, 33, que também ganhou um fôlder.

Segundo a diretora da escola, Carmem Barbosa, a ideia da mobilização surgiu depois que a porteira e uma professora da escola contraíram dengue. A direção acionou a Vigilância Ambiental, que não encontrou focos de proliferação dentro do colégio. Mas nos arredores, plantas conhecidas como espada de São Jorge acumulavam água e larvas do mosquito. ;Já acionamos a Novacap para retirar as plantas;, informa Carmem. O último boletim da Secretaria de Saúde, divulgado na terça-feira, informa que o DF já tem 2.117 casos confirmados da doença.

O número
2.117
Número de casos confirmados da doença no Distrito Federal

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