postado em 29/03/2010 08:20
Local de escambo de produtos de origem duvidosa, a Feira do Rolo(1) de Ceilândia foi alvo na manhã de ontem de uma operação conjunta das polícias civil e militar e da Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis). A batida do último domingo foi a terceira de uma série cujo objetivo é extinguir definitivamente o comércio, que ocupava já havia dois anos uma área verde no Setor O, bem em frente à 24; DP. ;A situação era vergonhosa ; havia até comerciantes que penduravam suas mercadorias nas grandes da delegacia;, disse o delegado-chefe Fernando Batista Fernandes.A ação foi planejada em detalhes. Por volta de 10h, a força policial cercou discretamente uma área de 2km; ao redor da feira. Os comerciantes ilegais foram então surpreendidos pela chegada dos 100 fiscais. Todos que tentaram fugir foram revistados. Ao todo, oito caminhões lotados de mercadorias suspeitas foram levados para o depósito da Agefis. Entre os artigos confiscados, havia aparelhos de televisão, roupas, garrafas de cachaça, 5 mil DVDs piratas, um carro Voyage marrom e pneus. ;Havia de tudo que você possa imaginar;, afirmou o diretor de Fiscalização da Agefis, José Carlos Santos.
Durante a operação, três pessoas foram detidas: duas por porte de drogas e uma por porte de arma. Foram apreendidos um revólver 357, armas de brinquedo, uma quantidade pequena de maconha, pedras de crack e diversos tipos de cachimbo para fumar a droga. Também foi encontrado um talão de atestados médicos, que seria utilizado para comprar medicamentos de tarja preta. Ao fim da fiscalização, foram realizadas diversas blitzes no perímetro isolado. ;Essa busca é importante, pois muitos vendedores deixam a mercadoria no carro e só buscam quando há algum comprador interessado em algum material específico;, explicou o delegado Fernandes.
A operação integrada contou com 400 policiais militares, 100 policiais civis, além dos 100 agentes da Agefis. O helicóptero da polícia sobrevoou o local no momento da batida e o Detran disponibilizou um guincho. Outras operações estão previstas, mas tudo depende da movimentação da feira ; o comércio praticado dentro da lei será tolerado.
1 - No coração da cidade
Antigamente, a Feira do Rolo era no centro de Ceilândia. Mas, em 2007, após uma grande batida, o comércio ilegal se transferiu para a EQNO 17/18.
Mercadoria apreendida
Os comerciantes que conseguirem provar com notas fiscais a legalidade das mercadorias podem buscar os produtos em até 30 dias no depósito da Agefis. Depois desse prazo, o material se torna propriedade da agência.