Adriana Bernardes
postado em 30/03/2010 11:20
O ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, permanece calado durante o depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Codeplan, na manhã desta terça-feira (30/3). O depoente declarou, apenas, que já falou às instituições em que realmente confia e não vai responder aos questionamentos dos distritais.A oitiva de hoje, iniciada às 10h30, não faz parte das investigações da Polícia Federal, mas sim das realizadas pela CPI instaurada na Câmara Legislativa para averiguar as denúncias de corrupção no governo. No entanto, Barbosa é interrogado na Superintendência Regional da Polícia Federal em Brasília porque faz parte do programa de proteção às testemunhas. Um forte esquema de segurança foi montado em frente à PF para recebê-lo.
Durval Barbosa poderá responder apenas o que quiser ou até ficar calado durante todo o depoimento. Isso poque o delator do esquema que resultou na Operação Caixa de Pandora conseguiu, nesta segunda-feira (29/3), um habeas corpus preventivo e o direito de levar um advogado. Os benefícios foram concedidos pelo desembargador Mário Machado.
Os cinco deputados integrantes da CPI da Codeplan ; a presidente Eliana Pedrosa (DEM), o relator Paulo Tadeu (PT), Raimundo Ribeiro (PSDB), Reguffe (PDT) e Batista das Cooperativas (PRP) ; estão no plenário da PF onde ocorre a oitiva. Além de jornalistas, pouco mais de 30 interessados no caso também acompanham a sessão da CPI.
Esta é a segunda vez que a CPI tenta ouvir o ex-secretário. Um depoimento, marcado para 26 de janeiro, foi adiado a pedido de Durval. Ele alegou aos distritais ;precisar de um tempo maior para juntar mais subsídios com vistas a elucidação dos fatos;.