Cidades

MP denuncia cirurgião plástico por homicídio qualificado

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios apresentou o resultado das investigações sobre morte de jornalista. O médico teria assumido o risco de matar

Guilherme Goulart
postado em 05/04/2010 17:09
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) apresentou, nesta segunda-feira (5/4), às 14h30, o resultado das investigações sobre a morte da jornalista Lanusse Martins Barbosa, durante cirurgia plástica em 25 de janeiro deste ano. O cirurgião plástico Haeckel Cabral Moraes, responsável pelo procedimento de lipoaspiração, responderá por homicídio qualificado. A Promotoria de Justiça Criminal da Defesa dos Usuários de Serviços de Saúde (Pró-Vida) denunciou o médico por ter assumido o risco de matar.

[SAIBAMAIS]Segundo Diaulas Ribeiro, Promotor da Pró-Vida, antes da cirurgia o médico teria fechado um acordo com a família, na presença da mãe e de Lanusse. Elas o teriam escolhido porque no pacote fechado haveria Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e um cirurgião geral, além do plástico, caso houvesse emergência. Entretanto, na hora da operação não havia nada do que foi combinado. "Isso se chama avareza. Ele realizou a operação para reduzir os custos", afirmou Ribeiro. O promotor também pediu indenizações por danos morais e materiais em valores que ultrapassam R$ 1 milhão.

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF) vai avaliar a denúncia e, caso concorde, será marcada a data do julgamento no Tribunal do Juri de Brasilia, ou seja, juri popular.

Caso

No dia 25 de janeiro, Lanusse Martins foi operada no centro cirúrgico do Hospital Pacini, localizado na 715/915 Sul. A jornalista morreu de choque hipovolêmico, causado por uma hemorragia interna resultante da perfuração de vasos sanguíneos. O cirurgião plástico Haeckel Cabral Moraes conduziu a lipoaspiração.

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